tag:blogger.com,1999:blog-55757098488978694412024-03-13T09:57:55.352+00:00ExQuorumUnknownnoreply@blogger.comBlogger8125tag:blogger.com,1999:blog-5575709848897869441.post-88950861299661710872007-10-28T14:48:00.004+00:002009-04-11T15:57:31.156+00:00Projecto de Investigação<meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 9"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 9"><link rel="File-List" href="file:///C:/DOCUME%7E1/h/DEFINI%7E1/Temp/msoclip1/01/clip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:donotoptimizeforbrowser/> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"Trebuchet MS"; panose-1:2 11 6 3 2 2 2 2 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:647 0 0 0 159 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify; font-family: trebuchet ms; color: rgb(51, 153, 153);"><span style=";font-size:85%;" >O Projecto de Investigação de Ana Silveira Ferreira, centrado na interrogação do trabalho do actor, tem vindo a desenvolver-se, desde 2003, profundamente influenciado pela experiência de leitura d´<i>À la recherche du temps perdu </i>(Marcel Proust), em estreita relação com o seu percurso académico (entre a licenciatura em Estudos Teatrais e o Mestrado em Filosofia, na área de Estética) e na ExQuorum, nunca repetindo o grupo de actores e, frequentemente, com o apoio dramatúrgico de Hugo Miguel Coelho.
<br />
<br />Na impossibilidade de reter completamente a tensão inerente ao exercício de cena, este projecto começou por se centrar na canalização dessa tensão para dois pólos energéticos opostos (um mínimo – onde o actor se aproxima da imobilização de todos os movimentos visíveis; um máximo – onde o actor aumenta descontroladamente o seu limite de movimento), empreendendo uma concepção estética baseada na procura deste paradoxo orgânico, nesta obsessiva alternância entre estados mínimos e máximos energéticos.
<br />
<br />A investigação destes dois estados físicos conduziu, no entanto, à revelação da espera, enquanto condição essencial da sua sustentabilidade no corpo, enquanto espaço intermédio fundamental, lugar entre lugares. Esses dois estados justapostos revelaram, pelo cansaço e pelo esgotamento, a espera enquanto exercício cénico, em si – só ela aponta para outras possibilidades, ao mesmo tempo que se afirma enquanto possibilidade.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms; color: rgb(51, 153, 153);"> </div><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify; font-family: trebuchet ms; color: rgb(51, 153, 153);"><span style=";font-size:85%;" >Através da elaboração de uma técnica sustentada pelo aleatório (onde a improvisação é mecanizante e a repetição é exaustiva) o actor alcança, na espera, um estado de alerta tal que nos podemos julgar diante d´«a angústia do guarda-redes antes do penalty». Só a espera pode conduzir o corpo a qualquer outro estado, só na espera reside essa possibilidade poética – ela é simultaneamente um acontecimento profético, na medida em que traz em si, imanentemente, o anúncio de outros territórios (tensão mínima e máxima p.e.) e condição poética da acção, na medida em que ela própria, por si só, se revela enquanto exercício energético essencial.</span><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-size:85%;" > </span><span style=";font-size:85%;" ><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms; color: rgb(51, 153, 153);"> <span style=";font-size:85%;" >“A única possibilidade de compreensão que nos é ainda proporcionada consiste na repetição infatigável, até conseguir criar na obscuridade a diferença de um sentido, daquilo que ouvimos, daquilo em que imergimos permanentemente.”</span><span style="font-size:85%;">
<br /></span><span style=";font-size:85%;" > (Sarrazac, O futuro do drama, Campo das Letras, 2002: 84)</span></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5575709848897869441.post-67085703015502659622007-10-19T14:54:00.022+00:002009-07-08T13:19:39.346+00:00fases de trabalho<span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;" ><a href="http://projectodeinvestigacao.blogspot.com/2007_01_01_archive.html">1ª e 2º FASES DE TRABALHO </a></span><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;" ><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;" >Desenvolvida em 20 sessões de trabalho (sem apresentações a público) com duas colegas da licenciatura em Estudos Teatrais (Paula Cepeda </span><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;" >Rodrigues e Filipa Costa), entre 2003 e 2004, na Universidade de Évora.</span></div><br /><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;" ><a href="http://projectodeinvestigacao.blogspot.com/2007_02_01_archive.html">3ª FASE DE TRABALHO</a></span><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;" ><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;" >Desenvolvida em 50 sessões de trabalho e 5 apresentações a</span><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;" > público intituladas “Diz-me tu que tempo” no Convento do Carmo (Universidade de Évora),</span><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;" > com dez estudantes</span><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;" > universitários e pelo GATUE – Grupo Académico de Teatro da Universidade de</span><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;" > Évora, durante o ano de 2004.</span><br /></div><br /><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;" ><a href="http://projectodeinvestigacao.blogspot.com/2007_03_01_archive.html">4ª FASE DE TRABALHO</a></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;" >Desenvolvida em 33 sessões de trabalho e 8 apresentações a público intituladas “A dimensão poética da espera (no trabalho do actor), um projecto de investigação” </span><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;" >no Centro Cultural de Alfena (em Valongo), com João Castro (cedido gent</span><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;" >ilmente pelo Teatro Nacional São João), entre 2005 e 2006.</span><br /></div><br /><span style="color: rgb(102, 102, 102);font-family:trebuchet ms;" ><a href="http://projectodeinvestigacao.blogspot.com/2007_04_01_archive.html">DEMONSTRAÇÃO</a> </span><br /><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;" >Desenvolvida propositadamente para a Maratona de</span><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;" > Dança promovida pela REDE</span><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;" >, no Teatro Aveirense</span><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;" >, a 29 de Abril de 2007.</span></div><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;" ><span style="color: rgb(0, 0, 0);">.</span><span style="color: rgb(0, 0, 0);"> </span></span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);">.</span><a href="http://projectodeinvestigacao.blogspot.com/2007_05_01_archive.html"><br /></a><span style=""><span style="color: rgb(192, 192, 192);"><a href="http://projectodeinvestigacao.blogspot.com/2007_05_01_archive.html">5ª FASE DE TRABALHO</a></span></span><span style=""><span style="color: rgb(192, 192, 192);"><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);">.</span></span></span><span style=""><span style="color: rgb(192, 192, 192);"><br /></span></span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcm5qke6oQ85FSUnfSuGhv5-F-YhYXRrvLIFBWBhEeJ71T1PCmfUQMxrIwap1DabLBGXsebSvotrx5_UM3Pzk9tTrIZUBXAm6JMrCR3Z1WeaMOhvHVMG1oWWf4blS8PvE85gievwlNN9ag/s1600-h/afirma08+3.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 88px; height: 61px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcm5qke6oQ85FSUnfSuGhv5-F-YhYXRrvLIFBWBhEeJ71T1PCmfUQMxrIwap1DabLBGXsebSvotrx5_UM3Pzk9tTrIZUBXAm6JMrCR3Z1WeaMOhvHVMG1oWWf4blS8PvE85gievwlNN9ag/s200/afirma08+3.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5207358182885296658" border="0" /></a><br /><span style=""><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-size:100%;" ><span style="font-family:trebuchet ms;"><br /><br /></span></span></span><br /><div style="text-align: justify;"> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style="color: rgb(51, 153, 153);"><span style="font-family:trebuchet ms;">Inserido no programa AFIRMA 2008 da ExQuorum, a 5ª </span></span></span><span style="font-size:85%;"><span style="color: rgb(51, 153, 153);"><span style="font-family:trebuchet ms;">fase de trabalho do Projecto de Investigação teve início (com</span></span></span><span style="font-size:85%;"><span style="color: rgb(51, 153, 153);"><span style="font-family:trebuchet ms;"> Nuno Coelho e Mariana Portugal Dias) no mês de Setembro de 2</span></span></span><span style="font-size:85%;"><span style="color: rgb(51, 153, 153);"><span style="font-family:trebuchet ms;">008 numa residência artística de longa duração no CENTA - Centro de Estudos Novas Tendências Artísticas, no â</span></span></span><span style="font-size:85%;"><span style="color: rgb(51, 153, 153);"><span style="font-family:trebuchet ms;">mb</span></span></span><span style="font-size:85%;"><span style="color: rgb(51, 153, 153);"><span style="font-family:trebuchet ms;">ito da qual realizou uma sessão aberta no Bar Menthol (em Vila Velha de Ródão) e numa residência artística de curta duração </span></span></span><span style=""><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-size:100%;" ><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:85%;">no Performas - Artes Performativas Contemporâneas (antigo Teatro Avenida, em Aveiro), antes mesmo de este ter sido reinaugurado, no âmbito da qual contou com um primeiro momento de apresentação a público e onde regressou (depois de um intensivo período de pesquisa, entre Évora e Lisboa , com o apoio</span></span></span></span><span style=""><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-size:100%;" ><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:85%;"> da Trima</span></span></span></span><span style=""><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-size:100%;" ><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:85%;">gisto - Cooperativa de Experimentação Teatral) para estrear, a 20 de Fevereiro de 2009, </span></span></span></span><span style=""><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-size:100%;" ><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:85%;">com o apoio do ACTO - Instituto de Arte Dramática, </span></span></span></span><span style=""><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-size:100%;" ><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:85%;">o espectáculo resultante, intitulado </span><span style="font-size:85%;">"Como um remador à deriva - proposta para um observatório do eterno desencontro amoroso de Proust"</span><span style="font-size:85%;">, com o qual fez uma simbólica apresentação <span>em Évora, no</span> <span>Fórum Eugénio de Almeida, no dia 10 de Junho</span>, <span>antes de seguir para Montreuil e Cracóvia, onde trabalhou, respectivamente, com o apoio institucional de La Guillotine e da Cricoteka. </span></span></span></span></span><span style=""><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-size:100%;" ><span style="font-family:trebuchet ms;"><span><br /></span></span></span></span></p><p class="MsoNormal"><span style=""><span style="color: rgb(51, 153, 153);font-size:100%;" ><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);">.</span></span></span></span></p><p class="MsoNormal"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjlx-jnI5imxmK0fei2a5Y4pwn4HJLkxzGK-AxQSfy9AReE7GyQVdnd8GJCWXJVmGUELpfUQQfy6WS4gnvPM4LaI0UoK_9T3adslYXfuIXGQ9cv9Gm972Mb1vQm09lWr0OD8ek69rFFqut/s1600-h/versao+final+cartaz4.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 400px; height: 283px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjlx-jnI5imxmK0fei2a5Y4pwn4HJLkxzGK-AxQSfy9AReE7GyQVdnd8GJCWXJVmGUELpfUQQfy6WS4gnvPM4LaI0UoK_9T3adslYXfuIXGQ9cv9Gm972Mb1vQm09lWr0OD8ek69rFFqut/s400/versao+final+cartaz4.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5356077375241444498" border="0" /></a></p><p class="MsoNormal"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvlxagncz5X-9b2FemgN4c3tK880VGMEiGZ2dEzvedOgEd7tEtot-hsSDPW5mdp2v9xON4zLeA9XnXSFsASFuFNOMwn3xj4c778kw0hVVoYAxNTAp-96rt58umoZC2s5B76oOaxESGgPUW/s1600-h/versao+final+cartaz3.jpg"><br /></a></p><p class="MsoNormal"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5sU152zGuL1dmXPuHmgkTi-VAz8Phlhvr9Q3E5YZyhYvaqtO2n0nOEq5wkl2IjpTAoe8zEbhx62B30LjpWaYRooksKRVSmHT90TX_M4qtgmCkiAJ5DaEf0jfC8X-MYH170tdBwNDZqJTc/s1600-h/versao+final+c+local+e+data+PARA+FORMATOS+%2B+PEQUENOS.jpg"><br /></a></p></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5575709848897869441.post-18699273811176623282007-10-18T16:03:00.002+00:002009-04-16T10:03:38.953+00:00ana silveira ferreira<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(51, 153, 153);font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:85%;">Nasceu no Porto, em 1981.<o:p></o:p><br /><br />Mestre em Filosofia na área de Estética (4 anos com coordenação científica do Prof. Dr. José Gil) pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde redigiu (sob orientação da Profª. Dra. Maria Filomena Molder e como bolseira da Fundação Eugénio d´Almeida) a Dissertação “A dimensão poética da espera - afirmação de uma ausência no (meu) trabalho com actores”, tese arguida pela Profª Drª Maria Helena Serôdio e classificada por este respectivo Júri com Muito Bom. Licenciada <st1:personname productid="em Estudos Teatrais" st="on">em Estudos Teatrais</st1:personname> pela Universidade de Évora, onde foi consecutivamente bolseira dos SASUE e onde desenvolveu o trabalho de fim de curso (sob orientação da Profª. Dra. Christine Zurbach) a partir do estudo do tempo em “À la recherche du temps perdu” de Marcel Proust.<o:p></o:p> Tem o curso de formação em “Corpo, Voz e Interpretação” (Nível II) do Entretanto-Teatro Valongo.<o:p></o:p><br />É responsável pelo Projecto de Investigação da ExQuorum, no âmbito do qual: recebeu, com o projecto “Realidade de grau zero para o trabalho do actor”, a Bolsa Jovens Criadores 2008 (Teatro) do Centro Nacional de Cultura para estudar, na CRICOTEKA, os manequins de Tadeusz Kantor; dirigiu as fases de trabalho, os espectáculos e a demonstração apresentados neste blogue; participou, em 2007, como conferencista, no "PERFORMA – Encontros de Investigação em Performance" promovido pelo Departamento de Comunicação e Artes na Universidade de Aveiro e no “ENCONTRO/DE ANI+” primeiro encontro internacional de projectos de investigação artística da ExQuorum, cuja equipa de direcção artística e executiva também integrou. Colabora frequentemente com o projecto CorpoCriações de Hugo Miguel Coelho, tendo sido responsável pela direcção de actores no espectáculo "Nâh" (2008), na residência artística "Pontapés em ponto rebuçado" (2007) e nos "Exercícios sobre A Testemunha" (2006).<o:p> Como produtora executiva trabalhou</o:p>, em 2006, com o Visões Úteis na coordenação portuguesa do festival “Uno Uno Prima”, co-produzido com a Solares Fondazione Culturale (Parma) e o Observatori (Valência). Foi responsável, entre 2004 e 2005, pela inventariação e reordenação do espólio da livraria “Eterno Retorno – filosofia & teatro em segunda mão” (no Bairro Alto), trabalhando directamente com o Prof. Dr. Nuno Nabais. É um dos membros fundadores do CEPiA - Centro de Estudos Performativos i Artísticos (Évora), tendo pertencido à equipa de coordenação do “JIP – Julho Investigação i Performance´03”. Produziu as primeiras “Noites FIKE”, paralelas ao 2º Festival Internacional de Kurtas Metragens de Évora. Fez assistência de encenação n´”Os nomes que faltam”, espectáculo apresentado pelo GATUÉ, em 2002, no Teatro Garcia de Resende (Évora) e na Casa da Cultura (Beja) e foi leitora no lançamento, em Évora, de “Audição, com Daisy ao vivo na odre marítima” de e com Armando Nascimento Rosa. Desenvolveu e apresentou a investigação "Som das palavras", a convite da Colecção B para integrar o "On the house #1" (Viana do Alentejo, 2001). Concebeu, a convite da V-Ludo, uma instalação intitulada “A biografia é inútil” para a festa de lançamento da revista nº6 (Montemor-o-Novo, 2001).<o:p></o:p><br />Como actriz, trabalhou com Júnior Sampaio, Sara Machado Graça, Francisco Campos, Tiago Porteiro, Luís Varela, Miguel Clara Vasconcelos e participou no 13º e 18º Festival “Fazer a festa” do Teatro Art´Imagem, no Palácio de Cristal (Porto). Participou, ao longo destes anos, em acções de formação com Alexei Levinski, Béatrice Picon-Vallin, Dymphna Callery, Graça Corrêa, Jerzy Klesyk, Ludger Lamers, Luz da Câmara, Nélia Pinheiro, Nigel Ward, Rui Nunes, Regina Goerger, Sílvia Real, Sue Colgravel. Foi aluna, entre outros, de Abel Neves, André Gago, Carlos Alberto Machado, Filipe Crawford, João Meireles, José Alberto Ferreira, José Gil e Pedro Paixão.<o:p></o:p></span><span style="font-size:85%;"><br />Colaborou ainda, pontualmente, nos trabalhos de acompanhamento arqueológicos à reabilitação do centro histórico da cidade de Évora com a Equipa do Laboratório de Arqueologia da Universidade de Évora.</span></p><span style=""></span>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5575709848897869441.post-4246004255340323752007-05-21T21:52:00.011+00:002009-01-04T01:29:43.370+00:005ª FASE DE TRABALHO<span style="font-size:100%;"><span style=""><br /></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><span style="">Abreviado não inocentemente para “PI”, o Projecto de Investigação pretende (tal como o historial de pesquisas em torno desta constante matemática) retomar, a cada nova fase, os princípios (artísticos e conceptuais) retidos anteriormente, na expectativa de lhes conseguir acrescentar uma anotação decimal diferenciante. Tendo-se dedicado, nos anos mais recentes, ao estudo d´<b style="">A dimensão poética da espera – afirmação</b></span></span><span style="font-size:100%;"><span style=""><b style=""> de uma ausência no trabalho do actor</b>, este projecto, ao regressar agora tematicamente ao universo de Marcel Proust (por tomar <span style="font-style: italic;">À la recherche du temps perdu</span> como obra motora para o seu projecto criativo), propõe-se agora sistematizar um primeiro ciclo de trabalho (2003-2008), pela concepção do espectáculo "Como um remador à deriva - proposta para um observatório do eterno desencontro amoroso de Proust".<o:p></o:p></span></span></div> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><span style=""><o:p> </o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><span style="">Tendo, ao longo dos períodos de residência artística, desenvolvido um repertório de exercícios concebidos a partir de episódios concretos da obra emblemática de Proust e tendo, cada um deles, ficado codificado com uma música, foi entretanto definida uma estrutura concebida pela sequência de quatro exercícios relacionados com a visão</span></span><span style="font-size:100%;"><span style=""> proustiana do amor. Pela sua indeterminada repetição, a progressão do espectáculo define-se pela complexificação das tarefas que diferentemente se seguem.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><span style=""> Observando o exercício de cena, quantas vezes, de resto, como Proust, “vi e desejei imitar quando fosse livre de viver ao meu jeito,</span><span style=""><span style="font-size:100%;"> um remador que largando o remo se deitara de costas com a cabeça em baixo no fundo do seu bote e que deixando-se flutuar à deriva apenas podendo ver o céu que desfilava lentamente por cima de si levara na cara o antegosto da felicidade e da paz” (1º vol. d´<i style="">Em busca do tempo perdido, </i>citado na tradução de Pedro Tamen).</span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);">.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwNKDi_1uzyRH3dusx7BuLEky4te_lQMTDdVclzTcivx2vL3xtzM9dT6n-qjq4PsY_cz3WgqUJ7qkwysDgJd7qUFdSdp49rQraOdNwHvmCRbsOUBLBHf5BOSJFZCCrfaLXx4X_QUXKyQ70/s1600-h/pi+5fase+aveiro+e+centa.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 400px; height: 205px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwNKDi_1uzyRH3dusx7BuLEky4te_lQMTDdVclzTcivx2vL3xtzM9dT6n-qjq4PsY_cz3WgqUJ7qkwysDgJd7qUFdSdp49rQraOdNwHvmCRbsOUBLBHf5BOSJFZCCrfaLXx4X_QUXKyQ70/s400/pi+5fase+aveiro+e+centa.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5287243225776232242" border="0" /></a></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5575709848897869441.post-79729249140752231412007-04-20T15:30:00.000+00:002008-12-09T01:50:30.981+00:00DEMONSTRAÇÃO<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#339999;">Ficha técnica:<br />Projecto de Investigação de Ana Silveira Ferreira,<br />Assistido dramaturgicamente por Hugo Miguel Coelho,<br />Com Joana Cavaco,<br />Numa produção da ExQuorum.<br /><br />O Projecto de Investigação apresentou na Sala Estúdio do Teatro Aveirense uma demonstração do trabalho de pesquisa em que se tem centrado, no âmbito da Maratona de Dança promovida pela REDE – Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea. </span></span><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#339999;">A partir de uma única série de movimentos, sustentada numa estrutura mecânica, porém improvisada, procurámos demonstrar a espera, enquanto exercício cénico, em si. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjXwQY6h9mRQpKs8L1-nU1Py-03dhaI5tw9JcNutkYCUVTy534tAokBl82q7glew-cIQ117kcQxY4F1LFy1UB37Sv_ANy3GVo8UDIz_QPQv2C7G28x3qRrJWO0il0_fUVSuya4OvMQciqQ/s1600-h/Img000.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5069643569814143154" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjXwQY6h9mRQpKs8L1-nU1Py-03dhaI5tw9JcNutkYCUVTy534tAokBl82q7glew-cIQ117kcQxY4F1LFy1UB37Sv_ANy3GVo8UDIz_QPQv2C7G28x3qRrJWO0il0_fUVSuya4OvMQciqQ/s200/Img000.jpg" border="0" /></a><br />A procura de uma concepção sistemática e mecanizante (porém improvisada) conduziram este processo a uma lógica matemática dos movimentos, cada vez mais exigente, onde o que “prevalece como determinante [para o corpo] é o propósito de cumprir um conjunto de regras numa específica ordenação no tempo” (RIBEIRO, António Pinto; Corpo a corpo – possibilidades e limites da crítica, Edições Cosmos, 1997: 97, referindo-se às práticas atléticas – não artísticas – do corpo).</span></span><span style="color:#339999;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkzQIZvoVO9u11VcG5Tlbhu2slVqmS9s7in9c-HzZmyTGEgusjRDtBeFX0cRF9k63xdsZIXzuWbMAfIaklWZTw7V27qtPjAFfnRlxcYfduFhccaYsjZYieuYrn8CETiyG9uJz61QCDROdb/s1600-h/Img007.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5069643569814143170" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkzQIZvoVO9u11VcG5Tlbhu2slVqmS9s7in9c-HzZmyTGEgusjRDtBeFX0cRF9k63xdsZIXzuWbMAfIaklWZTw7V27qtPjAFfnRlxcYfduFhccaYsjZYieuYrn8CETiyG9uJz61QCDROdb/s200/Img007.jpg" border="0" /></a></span></div><div align="justify"><span style="color:#339999;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#339999;"></span></div><span style="color:#339999;"></span>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5575709848897869441.post-34705824505250431442007-03-28T15:12:00.000+00:002008-12-09T01:50:31.674+00:004ª FASE DE TRABALHO<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#339999;">Ficha técnica:<br />Direcção: Ana Silveira Ferreira<br />Apoio à direcção: Hugo Miguel Coelho<br />Trabalho de actor: João Castro<br />Produção: Palavras Loucas Orelhas Moucas<br />Com o apoio da Câmara Municipal de Valongo<br /><br />Apresentações públicas: 5, 6, 7, 8, 12, 13, 14 e 15 de Janeiro de 2006 no Centro Cultural de Alfena </span></div><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxOxwyhGKx6QgX6EOzkK8bOfFvoF7QUHNzFZingPi7JK_use3zp2Nka3V1oENBf-iLxwRYebDca3SoEpYGsiFzqFkitneZeTw3N49OdCUpoV2tcCTzJ5Yc5x9WGnrOipLBCcSf3knBvpE6/s1600-h/IMG_0027.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5069649879121101122" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxOxwyhGKx6QgX6EOzkK8bOfFvoF7QUHNzFZingPi7JK_use3zp2Nka3V1oENBf-iLxwRYebDca3SoEpYGsiFzqFkitneZeTw3N49OdCUpoV2tcCTzJ5Yc5x9WGnrOipLBCcSf3knBvpE6/s320/IMG_0027.JPG" border="0" /></a><br /><span style="color:#000000;">..</span><br /><p><span style="font-family:trebuchet ms;color:#339999;"></p><p></span></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p><span style="font-family:trebuchet ms;color:#339999;"></span></p><p><span style="font-family:trebuchet ms;color:#339999;"></span></p><p><span style="font-family:trebuchet ms;color:#339999;"></span></p><p><span style="font-family:trebuchet ms;color:#339999;"></span></p><p><span style="font-family:trebuchet ms;color:#339999;"></span></p><p><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;">..</span></p><p><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;">..</span></p><p><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;">..</span></p><p><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;">..</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#000000;">..</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#000000;">..</span></p><p><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#000000;">..</span></p><p align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#339999;">Estrutura das apresentações:<br /><br />1- Entradas<br />São diariamente entregues (por escrito) ao João indicações relativas ao número de entradas, tipos de movimentos e locais das mesmas. Estas indicações, conhecidas pelo actor minutos antes da apresentação pública ter início, são, por ele, somadas às regras-gerais que pautam este exercício em qualquer apresentação, mesmo na ausência de indicações acrescidas. Trata-se assim de conciliar marcação e improvisação.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJOQX0PuS1SyyC42yHpWAUpwcBBlr2w2htL7TuD4q0nMFERf9oKzl0LtvmMXnbvnHEzMZ-9TQtWFtbPWSHDxjPWdS34oc6lZr1-R65vHGMH5nuvRp0-ObhfqKYqE4C9k21V_YNxr6cKf6Q/s1600-h/IMG_0003.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5069650781064233298" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJOQX0PuS1SyyC42yHpWAUpwcBBlr2w2htL7TuD4q0nMFERf9oKzl0LtvmMXnbvnHEzMZ-9TQtWFtbPWSHDxjPWdS34oc6lZr1-R65vHGMH5nuvRp0-ObhfqKYqE4C9k21V_YNxr6cKf6Q/s200/IMG_0003.JPG" border="0" /></a><br />2- Bloco de improvisação<br />Para este bloco de exercícios, contamos com uma espécie de dicionário desenvolvido ao longo das sessões de trabalho: aos números correspondem acções, às letras correspondem complementos das acções, às músicas correspondem coreografias específicas e aos verbos corresponde um exercício de improvisação repetitiva e, a cada vez, mais diferenciada.<br />As indicações são dadas diariamente, perante o público, de forma aleatória, querendo fazer valer essa (evidente) dimensão poética da espera.<br /><br />3- Exercício das cadeiras</span></p><p align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#339999;">As linhas no chão do palco abrem-nos a possibilidade de dividirmos o palco em 1, 4, 8 ou 16 quadrados:</span><br /><br /><br /></p><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#339999;"></span></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-WaROCxCpT9Pl-pgfi2optPT5QXmDZJvMY-BDeL15bMwyBk8BerJS3GFrUdU0ha5t7EquhZSJxAoMXAyGl0xUZ7tRb0vXbSv0qMavjqR9ZdOe8envbdXiQ-NgxmDoFCyv4jDWAlb40EMT/s1600-h/imagens+valongo1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5069648264213397778" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-WaROCxCpT9Pl-pgfi2optPT5QXmDZJvMY-BDeL15bMwyBk8BerJS3GFrUdU0ha5t7EquhZSJxAoMXAyGl0xUZ7tRb0vXbSv0qMavjqR9ZdOe8envbdXiQ-NgxmDoFCyv4jDWAlb40EMT/s320/imagens+valongo1.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#339999;"></span></div><br /><br /><br /><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#339999;"></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#339999;">A cada uma dessas possíveis divisões corresponde um jogo específico (uma ordem na disposição das cadeiras / um numero máximo e mínimo no primeiro quadrado; um único sentido para jogar ou os dois; uma progressão para os quadrados vazios; …) com os quadrados seleccionados. Como peças, usamos as cadeiras, colocadas estrategicamente segundo o jogo escolhido.<br /><br />4- “Footfalls”, Samuel Beckett<br />Leitura encenada da peça “Footfalls” (1975), de Samuel Beckett.<br />O texto original, crivado de indicações didascálicas, levanta problemas de representabilidade.<br />A locução indicada do texto é lenta e com fraca projecção.<br />O desenho dos movimentos dos pés é-nos milimetricamente detalhado.<br />Cem pausas num texto de quatro páginas. Algumas dessas pausas devem ser longas…</span></div><br /><div align="left"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#339999;"></span></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia6Zr7v40q-NH4x120EKdj-qDyzXRuhfdEtBYBm-QRkWRICUcHwXuiNEJxKpRxmaL8olIpJotaQ-qWn1aUd-wDkYDsHcARaqyvg1h5RUK3-Ey7YVo51bt8xvU_NY4RqHLtAnp73nJgj21o/s1600-h/imagem+valongo2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5069648268508365090" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia6Zr7v40q-NH4x120EKdj-qDyzXRuhfdEtBYBm-QRkWRICUcHwXuiNEJxKpRxmaL8olIpJotaQ-qWn1aUd-wDkYDsHcARaqyvg1h5RUK3-Ey7YVo51bt8xvU_NY4RqHLtAnp73nJgj21o/s320/imagem+valongo2.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><div align="left"></div><br /><br /><br /><div align="left"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#339999;"></span></div><div align="left"><span style="color:#339999;"><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#339999;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#339999;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;">..</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;">..</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#000000;">..</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#339999;">Incutida que está genericamente (…) a ideia de que na espera nada precisa de acontecer, é justamente aí que algo de muito precioso tem lugar, sem que o actor tenha, na maioria dos casos, consciência. Esta tendência para se pensar que no intervalo nada se passa (…) conduz o actor justamente para o contrário do que procuro contradizer: uma excessiva vontade ou pretensão em querer agir e, consecutivamente, um excesso de acção (e reacção). Crente de que não está em cena enquanto não age (psicológica ou fisicamente, segundo os cânones de uma qualquer escola trabalhada), deixa-se ficar num dos mais simples e funcionais exercícios de cena, pela concentração de apenas fazer-se obedecer, até aos limites, às direcções fornecidas. Assim, nesse momento, o actor aparece na sua mais inocente humildade e trabalha sem saber exactamente a verdadeira dimensão deste seu esforço – ele já não é só concentração e execução, ele age no plano do imprevisível e do sistemático involuntariamente.</span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Esta percepção (meramente empírica, até aqui) e a minha convicção de que existe nestas ideias algo que ainda não foi "definitivamente" explorado (esse estado intermédio precisa ser entendido enquanto acontecimento em si no trabalho do actor), quer cenicamente, quer filosoficamente, conduziram-me a esta quarta fase de trabalho.</span></div><br /><br /><div align="right"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#339999;">(<em>Excerto de um texto escrito em Setembro de 2005, incluído na folha de sala</em>.)</span></div></span></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5575709848897869441.post-58359550937840548272007-02-28T15:50:00.000+00:002008-12-09T01:50:32.027+00:003ª FASE DE TRABALHO<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#339999;">Ficha técnica:<br />Direcção: Ana Silveira Ferreira e Laura Lamas<br />Selecção e colagem de textos de Jean-Paul Sartre, Marcel Proust e Vergílio Ferreira por Ana Silveira Ferreira<br />Interpretação: Ana Mendes, Carlos F. Lopes, Cláudia Medeiros, Helena Estanislau, Joana Cavaco, Joana Poejo, Lília Parreira, Mafalda Belo, Sara Costa, Tatiana Gonçalves.<br />Luminotecnia: Cláudio Pereira e Paulo Vargues<br />Cartaz: Bruno Cardoso<br />Produção: Sónia Anes e Nuno Rendeiro, GATUÉ </span></div><span style="font-family:trebuchet ms;color:#339999;"><div align="justify"><br /></div></span><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5069656987291976034" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjqVHcjTZdks4VsuY47nMnzFb1lSKoGChoPsKsEEou5TSwMCkefpSpSiFDlMwrHBxCSGqAHfH5E-7NljiaE8ODg4On4GmmaYUiUp64XMaqwn8zkFheGw8T-Jwb9AdY29JG91sJRteyAjEz/s200/imagem+dizme+tu+que+tempo.jpg" border="0" /> <p align="justify"><br /><span style="color:#339999;">Apresentações públicas de 6 a 10 de Julho de 2006 no Convento do Carmo (Universidade de Évora)<br /></span></p><p align="justify"><span style="color:#000000;">..</span></p><p align="justify"><span style="color:#339999;"><br />O estudo que desenvolvi sobre Marcel Proust, a partir d´”À la recherche du temps perdu” tinha como objectivo fundamental, para mim, definir algumas linhas da minha teoria ou técnica de trabalho com actores.<br />A forte relação, pela recepção de signos, que o autor-narrador deste romance desenvolve, ao longo de toda a obra, com o tempo perdido, o qual se revela afinal frutífero e reencontrável, levou-me a empreender um trabalho de investigação que viria a ficar fortemente marcado pelas expectativas do tempo e pelo contraste ansioso entre os momentos de tensão máxima (onde a acção é exteriorizada pela explosão de si, num esgotamento físico) e os de anulação ao mínimo (onde a acção é totalmente interiorizada pelo apagamento exterior de si, numa abolição do movimento e pela tentativa voluntária de não mostrar). O actor, trabalhando acima de tudo na sua condição pessoal, precisava preparar-se para este paradoxo orgânico, o qual tive de, por muitos meios, despertar em si.<br />Posteriormente, porém, comecei a amadurecer uma outra (terceira) condição fundamental, para mim, no trabalho do actor, à luz das passagens trabalhadas, das experiências feitas e das ideias concluídas. Não deve tratar-se só de fazer o actor oscilar entre estados energéticos opostos, mas antes também de o fazer dominar esse estado intermédio.</span><span style="font-family:trebuchet ms;color:#339999;"><span style="color:#339999;"><br /></p></span><div align="right"><br /><span style="font-size:85%;">(<em>Excerto de um texto escrito em Setembro de 2005, entre a 3ª e a 4ª fases de trabalho.</em>)</span></span></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5575709848897869441.post-57020678349032688692007-01-28T15:08:00.000+00:002007-05-28T19:24:44.671+00:001ª e 2º FASES DE TRABALHO<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#339999;">Partindo sobretudo da experiência da minha leitura dos sentires do herói de “À la recherche du temps perdu” (assim como dos sentires de outras personagens de quem ele se assemelha), planifiquei uma série de exercícios com vista a provocar (em cena) alguns desses estados de inquietação, pela relação com o tempo, pela recepção e percepção de signos e, em última análise, pela leitura do tempo feita através da leitura de signos.<br />Assim, pela experiência cénica de alguns sentimentos fundamentais da obra, procurei encontrar, dentro de um universo quase exclusivamente pictórico, algo que lhe pudesse de alguma forma corresponder cenicamente. A quantidade incalculável de paradoxos, de contradições angustiantes, sobre os quais a obra se constrói e desenvolve foi o ponto de relação conseguido com as observações feitas durante esta fase de trabalho.<br />O maior desafio que me tem movido é justamente este trabalho tão extremista (acção excessiva versus estar em cena per si) que tanto precisa (nos treinos) da agitação para se suster nos momentos de vazio, nos momentos de ausência do movimento, onde o corpo (paradoxalmente) todo em jogo, se agita na concentração de não forçar a acção exterior.<br />Toda a sua inquietação (consequência de um nível admirável de disponibilidade e confiança – pelo corpo em luta contra o tempo em passagem inevitável, pelo relacionamento ora com o cronómetro, ora com conceitos aleatórios e relativos de mencionar o tempo, pelas contradições físicas – do excesso à acalmia, pela insegurança e frustração da incapacidade de acelerar sempre mais e mais o ritmo, pela surpresa nos ensaios mais simplistas) criou momento de verdadeiras aparições de tensão energética absolutamente contagiantes (onde não se reconhece a dimensão humana da desistência) num sistema ainda em evolução da descoberta de Proust por Deleuze.<br /><br /><em>Excerto de um texto escrito em Fevereiro de 2004</em></span></div>Unknownnoreply@blogger.com