Tendo, ao longo dos períodos de residência artística, desenvolvido um repertório de exercícios concebidos a partir de episódios concretos da obra emblemática de Proust e tendo, cada um deles, ficado codificado com uma música, foi entretanto definida uma estrutura concebida pela sequência de quatro exercícios relacionados com a visão proustiana do amor. Pela sua indeterminada repetição, a progressão do espectáculo define-se pela complexificação das tarefas que diferentemente se seguem.
Observando o exercício de cena, quantas vezes, de resto, como Proust, “vi e desejei imitar quando fosse livre de viver ao meu jeito, um remador que largando o remo se deitara de costas com a cabeça em baixo no fundo do seu bote e que deixando-se flutuar à deriva apenas podendo ver o céu que desfilava lentamente por cima de si levara na cara o antegosto da felicidade e da paz” (1º vol. d´Em busca do tempo perdido, citado na tradução de Pedro Tamen).
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